Devolta com foto velha mermo, kkkkkkk....Como disse na edição passada, agora falaremos tudo sobre a historia Viking.....xD
Como os Danos se tornaram Dinamarqueses:
Como já fiz referência no item 2.1, os Danos eram um dos povos Teutões e se estabeleceram na Jutlândia, ilhas do Báltico e sudoeste da Suécia. Como também fiz referência nesse mesmo item, os Danos que habitavam a Suécia, bem como os próprios Suecos, não eram Vikings, eram Varegues. Mas como e quando os Danos da Jutlândia e ilhas do Báltico começaram a ser conhecidos como Dinamarqueses.
Bem, esta é uma História que remonta aos tempos de Carlos Magno. Para melhor esclarecimento façamos uma breve contextualização para explicar quem foi Carlos Magno.
Desde o final do Império Romano, os Francos se estabeleceram como um Reino, com o legendário Rei Clóvis de Reims. Ele foi o fundador da Dinastia Merovíngia, que governou o Reino Franco do século V até o século VIII. Entretanto, os Reis Merovígios tinham o costume de eleger um Prefeito do Palácio, que funcionava como uma espécie de Primeiro Ministro do Reino. Aos poucos, os Prefeitos do Palácio começaram a se tornar mais influentes e importantes que o próprio Rei Franco, no entanto, não davam o golpe e se tornavam Reis, pois não teriam apoio o suficiente.No princípio do século VIII, Carlos Martel foi escolhido como Prefeito do Palácio e em 732, conteve a expansão Árabe que visava tomar a cidade de Poitiers. À partir daí, os Prefeitos do Palácio ganharam mais poder junto ao papado, uma vez que um deles conteve a invasão dos terríveis Mouros (como eram conhecidos os Árabes). Carlos Martel tornou-se muito influente também entre a população Franca, e conseguiu que o Rei lhe permitisse que seus filhos herdasses dele o posto de Prefeitos do Palácio.
Pepino e seu irmão Carlomano (filhos de Carlos Martel) herdaram então o posto de Prefeitos da Palácio. Em 747, Carlomano renunciou deixando Pepino como único Prefeito do Palácio. Porém Pepino tinha ambições maiores do que ser apenas o Prefeito do Palácio, realizou um acordo com o Papa Zacarias e, em 751, depôs o Rei Merovíngio Childerico III e foi coroado Rei dos Francos, com o nome de Pepino III, o Breve. A Dinastia de Pepino recebeu o nome de Dinastia Carolíngia, em homenagem a seu pai, Carlos Martel. Em troca pela coroação, Pepino reconquistou para a Igreja as terras em volta de Roma (o Exarcado de Ravena e o Ducado de Roma). O Reinado de Pepino III iniciou de fato o período dos Reis Francos Cristãos. Quando Pepino III morreu, em 768, seu Reino foi dividido entre seus dois filhos: Carlos e Carlomano. Porém, Carlomano morreu em 771, deixando Carlos reinar sozinho.
Carlos veio a ser conhecido como Carlos Magno (ou seja, Carlos, o Grande). Ele dedicou os primeiros anos de seu Reinado a expandir os domínios do Reino Franco, pois queria Cristianizar o mundo. Tentou retomar a Espanha aos Árabes mas, como fracassou, estabeleceu na divisa entre o Reino Franco e a Espanha uma Marca, ou seja, uma região governada por um Marquês. A Marca era extremamente militarizada e visava ser uma zona tampão para impedir o avanço dos Mouros. A idéia de instituir Marcas nas regiões fronteiriças agradou Carlos Magno, pois dessa forma ele não precisaria manter um exército nacional, bastariam os exércitos dos Marqueses. Por seu poderio crescente e esforços em prol da disseminação da fé Cristã, em 800, Carlos Magno foi coroado pelo Papa como Imperador Romano (alguns julgam que nasceu aqui o Sacro Império Romano-Germânico, mas na realidade ele só nasceu mesmo no final do século X, sob Oto I).
Como eu já havia mencionado no item 2.1, os Saxões não rumaram todos para a Inglaterra, muitos ficaram na região sul da Jutlândia e outros rumaram mais para o sul ainda, numa região que ficou conhecida como Saxônia. Os Saxões eram pagãos e por isso, Carlos Magno iniciou ataques a seu território já no ano de 772, com o objetivo de conquistá-lo e converter os Saxões (da Saxônia) à fé Cristã, missão que finalmente concluiu em 803. Sendo assim, Carlos Magno estabeleceu uma Marca na Saxônia, mas ordenou a ela a anexação da Jutlândia, região onde moravam os Danos.
Nessa época, os Danos da península da Jutlândia estavam unificados sob um Rei Herói (os Reis Heróis são Reis que antes da época da unificação definitiva do país, conseguiram uma unificação temporária, graças a seus feitos heróicos ou gloriosos, entretanto, tão logo esses Reis morriam, o país se fragmentava novamente) chamado Godofredo (porém Godofredo não dominava os Danos das ilhas Bálticas e da Suécia), que era de origem Norueguesa. A Marca Franca desfechou alguns ataques contra os Reino de Godofredo, mas teve o azar de que os Danos lutavam todos juntos, como se fossem um país de fato, por estarem passando por um período temporário de centralização Monárquica. Sendo assim, os Franco fracassaram em seus ataques contra os Danos e estabeleceram uma nova Marca que foi batizada de Marca dos Danos, depois Marca Dana, depois Dana Marca e por fim Dinamarca.
Portanto Dinamarca era o nome da região tampão localizada entre o Império de Romano de Carlos Magno e a Jutlândia de Godofredo. No entanto, os Danos da Jutlândia e depois os das ilhas Bálticas começaram a se chamar de Dinamarqueses para se diferenciarem dos Danos da Suécia.
Só para complementar quanto a Carlos Magno, depois de sua morte, em 814, seu filho não conseguiu manter o Império tão forte quanto era, e com seus netos (de Carlos Magno), finalmente ele se fragmentou em três Reinos inicialmente, depois em mais. Porém, a Dinamarca também se fragmentou novamente após a morte de Godofredo, mas Jelling se estabeleceu, durante o Reinado de Godofredo e perdurou depois, como centro de poder da Dinamarca, tanto que mais tarde, quando o país foi unificado definitivamente, a capital se tornou Jelling. Copenhague só se tornou a capital da Dinamarca em 1443.
Ate a proxima galera xD
Como os Danos se tornaram Dinamarqueses:
Como já fiz referência no item 2.1, os Danos eram um dos povos Teutões e se estabeleceram na Jutlândia, ilhas do Báltico e sudoeste da Suécia. Como também fiz referência nesse mesmo item, os Danos que habitavam a Suécia, bem como os próprios Suecos, não eram Vikings, eram Varegues. Mas como e quando os Danos da Jutlândia e ilhas do Báltico começaram a ser conhecidos como Dinamarqueses.
Bem, esta é uma História que remonta aos tempos de Carlos Magno. Para melhor esclarecimento façamos uma breve contextualização para explicar quem foi Carlos Magno.
Desde o final do Império Romano, os Francos se estabeleceram como um Reino, com o legendário Rei Clóvis de Reims. Ele foi o fundador da Dinastia Merovíngia, que governou o Reino Franco do século V até o século VIII. Entretanto, os Reis Merovígios tinham o costume de eleger um Prefeito do Palácio, que funcionava como uma espécie de Primeiro Ministro do Reino. Aos poucos, os Prefeitos do Palácio começaram a se tornar mais influentes e importantes que o próprio Rei Franco, no entanto, não davam o golpe e se tornavam Reis, pois não teriam apoio o suficiente.No princípio do século VIII, Carlos Martel foi escolhido como Prefeito do Palácio e em 732, conteve a expansão Árabe que visava tomar a cidade de Poitiers. À partir daí, os Prefeitos do Palácio ganharam mais poder junto ao papado, uma vez que um deles conteve a invasão dos terríveis Mouros (como eram conhecidos os Árabes). Carlos Martel tornou-se muito influente também entre a população Franca, e conseguiu que o Rei lhe permitisse que seus filhos herdasses dele o posto de Prefeitos do Palácio.
Territórios incluídos no Império de Carlos Magno no
final de seu reinado, com seu monograma: Karolus
final de seu reinado, com seu monograma: Karolus
Pepino e seu irmão Carlomano (filhos de Carlos Martel) herdaram então o posto de Prefeitos da Palácio. Em 747, Carlomano renunciou deixando Pepino como único Prefeito do Palácio. Porém Pepino tinha ambições maiores do que ser apenas o Prefeito do Palácio, realizou um acordo com o Papa Zacarias e, em 751, depôs o Rei Merovíngio Childerico III e foi coroado Rei dos Francos, com o nome de Pepino III, o Breve. A Dinastia de Pepino recebeu o nome de Dinastia Carolíngia, em homenagem a seu pai, Carlos Martel. Em troca pela coroação, Pepino reconquistou para a Igreja as terras em volta de Roma (o Exarcado de Ravena e o Ducado de Roma). O Reinado de Pepino III iniciou de fato o período dos Reis Francos Cristãos. Quando Pepino III morreu, em 768, seu Reino foi dividido entre seus dois filhos: Carlos e Carlomano. Porém, Carlomano morreu em 771, deixando Carlos reinar sozinho.
Carlos veio a ser conhecido como Carlos Magno (ou seja, Carlos, o Grande). Ele dedicou os primeiros anos de seu Reinado a expandir os domínios do Reino Franco, pois queria Cristianizar o mundo. Tentou retomar a Espanha aos Árabes mas, como fracassou, estabeleceu na divisa entre o Reino Franco e a Espanha uma Marca, ou seja, uma região governada por um Marquês. A Marca era extremamente militarizada e visava ser uma zona tampão para impedir o avanço dos Mouros. A idéia de instituir Marcas nas regiões fronteiriças agradou Carlos Magno, pois dessa forma ele não precisaria manter um exército nacional, bastariam os exércitos dos Marqueses. Por seu poderio crescente e esforços em prol da disseminação da fé Cristã, em 800, Carlos Magno foi coroado pelo Papa como Imperador Romano (alguns julgam que nasceu aqui o Sacro Império Romano-Germânico, mas na realidade ele só nasceu mesmo no final do século X, sob Oto I).
Como eu já havia mencionado no item 2.1, os Saxões não rumaram todos para a Inglaterra, muitos ficaram na região sul da Jutlândia e outros rumaram mais para o sul ainda, numa região que ficou conhecida como Saxônia. Os Saxões eram pagãos e por isso, Carlos Magno iniciou ataques a seu território já no ano de 772, com o objetivo de conquistá-lo e converter os Saxões (da Saxônia) à fé Cristã, missão que finalmente concluiu em 803. Sendo assim, Carlos Magno estabeleceu uma Marca na Saxônia, mas ordenou a ela a anexação da Jutlândia, região onde moravam os Danos.
Nessa época, os Danos da península da Jutlândia estavam unificados sob um Rei Herói (os Reis Heróis são Reis que antes da época da unificação definitiva do país, conseguiram uma unificação temporária, graças a seus feitos heróicos ou gloriosos, entretanto, tão logo esses Reis morriam, o país se fragmentava novamente) chamado Godofredo (porém Godofredo não dominava os Danos das ilhas Bálticas e da Suécia), que era de origem Norueguesa. A Marca Franca desfechou alguns ataques contra os Reino de Godofredo, mas teve o azar de que os Danos lutavam todos juntos, como se fossem um país de fato, por estarem passando por um período temporário de centralização Monárquica. Sendo assim, os Franco fracassaram em seus ataques contra os Danos e estabeleceram uma nova Marca que foi batizada de Marca dos Danos, depois Marca Dana, depois Dana Marca e por fim Dinamarca.
Portanto Dinamarca era o nome da região tampão localizada entre o Império de Romano de Carlos Magno e a Jutlândia de Godofredo. No entanto, os Danos da Jutlândia e depois os das ilhas Bálticas começaram a se chamar de Dinamarqueses para se diferenciarem dos Danos da Suécia.
Só para complementar quanto a Carlos Magno, depois de sua morte, em 814, seu filho não conseguiu manter o Império tão forte quanto era, e com seus netos (de Carlos Magno), finalmente ele se fragmentou em três Reinos inicialmente, depois em mais. Porém, a Dinamarca também se fragmentou novamente após a morte de Godofredo, mas Jelling se estabeleceu, durante o Reinado de Godofredo e perdurou depois, como centro de poder da Dinamarca, tanto que mais tarde, quando o país foi unificado definitivamente, a capital se tornou Jelling. Copenhague só se tornou a capital da Dinamarca em 1443.
Ate a proxima galera xD
Eu li, tá. Reparei que vc usou uns nomes que eu "desconfio" que não sejam reais. u.u
ResponderExcluirPapa Zacarias, Jutlândia, Godofredo, Pepino, Childerico e sei lá se tem mais.
Gordo.
Comentei. Satisfeito?
*Não comentei antes porque não é um assunto que eu tenha o que acrescentar, não sou do tipo que vem aqui só pra dizer "amei o post, to te seguindo!"
só falou M u.u tende nada da mitologia u.u
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