Mente Humana
A Cleptomania caracteriza-se pela recorrência de impulsos para roubar objetos que são desnecessários para o uso pessoal ou sem valor monetário. Esses impulsos são mais fortes do que a capacidade de controle da pessoa, quando a idéia de roubar não é acompanhada do ato de roubar não se pode fazer o diagnóstico. Devemos estar alerta para ladrões querendo passar-se por cleptomaníacos. Dinheiro, jóias e outros objetos de valor dificilmente são levados por cleptomaníacos, ainda menos se os impulsos são em sua maioria para objetos de valor, se alguma vez a pessoa leva um objeto valioso, sendo na maioria coisas inúteis, pode-se admitir o diagnóstico, caso contrário, não.
Acompanhando o forte impulso e a realização do roubo, vem um enorme prazer em ter furtado o objeto cobiçado. Numa ação de roubo, o ladrão não experimenta nenhum prazer, mas tensão apenas e posterirmente satisfação, não faz isso por prazer.
O cleptomaníaco raramente busca auxílio para o seu problema de perda de controle e quando isso acontece, em geral é determinado pelo estresse emocional e muitas vezes o paciente não confessa a verdadeira causa de seu desconforto.
Habitualmente cleptomania está associada a transtornos depressivos e ansiosos, complicações legais e má qualidade de vida. Seu tratamento inclui medicações para os outros transtornos emocionais associados e psicoterapia para o transtorno do impulso. Algumas medicações têm sido investigadas para auxiliar no controle do impulso, mas nenhuma ainda foi confirmada como particularmente eficaz em cleptomania. Mais estudos são necessários para um melhor conhecimento desse transtorno, mas isto somente será possível quando os pacientes sentirem-se seguros o suficiente para buscarem ajuda. É mais provável que isto aconteça quando a sociedade compreender que, de todos, o maior prejudicado pelos furtos é o próprio cleptomaníaco.
Dicas
» Roubo de dinheiro não é sintoma de cleptomania. Assim como objetos de valor cujo roubo tenha uma intenção financeira
» Recomenda-se à família não flagrar o paciente. Pego no ato do furto, ele irá reagir de forma defensiva. O ideal é conversar depois e oferecer ajuda
» A família também não deve acobertar a pessoa. Deve-se pagar por um furto ou por um roubo flagrado numa loja. Do contrário, o paciente não se sentirá motivado a procurar ajuda
» É difícil falar em cura, mas existem casos de pacientes que melhoram e têm remissão completa
dos sintomas
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