Poesia da Semana
eu caminhei a largos passos o caminho esfumaçado
de rastros martelados pelo sol e
cinzas esmagadas;
eu viajei por estradas férreas
e queimei o esterno no
pórtico silencioso da selva de vagabundos;
eu sou um homem de preto.
eu viajei por estradas férreas
e passei pela complacência
de casas desesperadas com chaminés simuladas
e ouvi pelo lado de fora
o estalo do gelo de coquetel
enquanto portas fechadas repartiam o mundo –
e sobre tudo uma lua em foice selvagem
que despontou em meus olhos com luzes de ossos.
eu dormi em pântanos reluzentes
onde o exalar de almíscar brotava
para misturar-se com o cheiro de sexo dos
troncos de ciprestes podres
onde o fogo bruxo agarrou-se nas afundadas
esferas psicopatas do batismo
e ouvi o sugar das sombras
onde uma casa estripada de colunas
parasitada por trepadeiras
conversa com um céu suspenso de cogumelo
eu alimentei com moedas as máquinas gélidas
em todas as noites enchendo estações
enquanto o tráfego numa flâmula louca e fluente
listava em vermelho seis faixar de escuridão.
e respirei o vento talhador da carona
dentro do meio fio com o dedão levantado
e vi rostos complacentes ensombrados
com aquecedores atrás de vidros de segurança
faces que cresciam como luas complacentes
na sombra inconstante de todo esse vácuo monstruoso.
e num lampejo repentino de ódio e solidão
gélido como o centro de um sol
eu forcei uma garota a entrar num campo de trigo
deixei-a estirada com um pão virgem
um sacrifício selvagem
e um sinal para aqueles que se arrastam
em caminhos fixos:
eu sou um homem de preto.
de rastros martelados pelo sol e
cinzas esmagadas;
eu viajei por estradas férreas
e queimei o esterno no
pórtico silencioso da selva de vagabundos;
eu sou um homem de preto.
eu viajei por estradas férreas
e passei pela complacência
de casas desesperadas com chaminés simuladas
e ouvi pelo lado de fora
o estalo do gelo de coquetel
enquanto portas fechadas repartiam o mundo –
e sobre tudo uma lua em foice selvagem
que despontou em meus olhos com luzes de ossos.
eu dormi em pântanos reluzentes
onde o exalar de almíscar brotava
para misturar-se com o cheiro de sexo dos
troncos de ciprestes podres
onde o fogo bruxo agarrou-se nas afundadas
esferas psicopatas do batismo
e ouvi o sugar das sombras
onde uma casa estripada de colunas
parasitada por trepadeiras
conversa com um céu suspenso de cogumelo
eu alimentei com moedas as máquinas gélidas
em todas as noites enchendo estações
enquanto o tráfego numa flâmula louca e fluente
listava em vermelho seis faixar de escuridão.
e respirei o vento talhador da carona
dentro do meio fio com o dedão levantado
e vi rostos complacentes ensombrados
com aquecedores atrás de vidros de segurança
faces que cresciam como luas complacentes
na sombra inconstante de todo esse vácuo monstruoso.
e num lampejo repentino de ódio e solidão
gélido como o centro de um sol
eu forcei uma garota a entrar num campo de trigo
deixei-a estirada com um pão virgem
um sacrifício selvagem
e um sinal para aqueles que se arrastam
em caminhos fixos:
eu sou um homem de preto.
Stephen King
(traduzido por http://baudostephenking.wordpress.com)
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