A Procura Viking

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ansiedade parte 2


Preparem-se para a segunda parte do post sobre sindrome do panico.Apontar atirar FOGOOO kkkk


O Medo das Reações do Corpo

Na Síndrome do Pânico, várias sensações do corpo acabam se associando às crises e passam a ser interpretados como um sinal de perigo iminente, do início de uma possível crise. Sinais tão diversos como a tensão decorrente de uma resposta de raiva, o enjôo de algo que não caiu bem no estômago, o cansaço de uma noite mal dormida, a tristeza de alguma perda, enfim todo o espectro das sensações e sentimentos pode ser equivocadamente interpretado como indício de uma crise de pânico, levando a pessoa a se assustar e assim, com medo do medo, iniciar uma crise.



A pessoa faz constantes interpretações equivocadas e catastróficas de suas reações e sensações corporais,  achando que vai ter um ataque cardíaco, que está doente, que vai desmaiar, que vai morrer, etc. É comum a pessoa viver ansiosamente o que poderia ser vivido como sentimentos diferenciados. Numa situação que poderia despertar alegria, a pessoa se sente ansiosa; numa situação que provocaria raiva ela também se sente ansiosa. Qualquer reação interna ou sentimento mais intenso pode disparar reações de ansiedade.


Esta perda de discriminação da paisagem interna compromete seriamente a vida da pessoa, pois esta se sente ameaçada constantemente por suas próprias sensações corporais. O corpo passa a ser a maior fonte de ameaça. Perder a confiança no próprio corpo leva a uma experiência de extrema fragilidade.

Geralmente algumas das reações corporais que estavam presentes na primeira crise ficam associadas a perigo e passam, a partir daí, a funcionar como disparadores de novas crises. Sempre que estas reações aparecem dispara-se uma resposta automática de ansiedade, o que inicia uma crise de pânico.

As crises de pânico se iniciam geralmente a partir de um susto - consciente ou não - em relação a algumas reações do corpo. As reações disparadoras podem ser variadas, desde uma alteração nos batimentos cardíacos, uma sensação de tontura, falta de ar, enjôo, palpitação, tremor, etc.
Numa crise de pânico a pessoa reage frente aquilo que seu cérebro interpreta como um perigo. Não há um perigo real, apenas uma hiperativação do circuito do medo que dispara um alarme na presença de algumas reações corporais. A presença destes gatilhos corporais pode disparar ansiedade mesmo quando a pessoa não tem consciência deles. Pesquisas apontam, por exemplo, que numa crise de pânico noturna, reações corporais que ficaram associadas a perigo surgem com a pessoa ainda dormindo, e disparam uma reação de ansiedade que acorda a pessoa, muitas vezes já tendo uma crise. Enfraquecer esta associação reações do corpo-perigo, que dispara uma crise de pânico é um dos focos do tratamento.

Expectativa Constante de Perigo

O estado de ansiedade leva a automatismos no processo de atenção e pensamento. A atenção passa a se deslocar descontroladamente, monitorando o corpo em busca de algo que possa representar perigo. O enfraquecimento da capacidade de controle voluntário da atenção está relacionado à dificuldade de concentração frequentemente relatada pelas pessoas ansiosas.

Sob ansiedade a consciência é tomada por um fluxo de preocupações, pensamentos e ruminações e a pessoa sente que tem pouco domínio de sua mente. Surgem interpretações equivocadas das reações corporais, pensamentos automáticos catastróficos, onde a pessoa passa a esperar sempre pelo pior.

A ansiedade é a emoção típica da expectativa de perigo, ela ocorre quando a pessoa se projeta numa situação futura sentida como ameaçadora: "e se... eu vou... vai acontecer... vou passar mal...".

A pessoa vive a maior parte do tempo tomada por graus variados de ansiedade e tem dificuldade de se sentir presente e inteira no momento atual, vivendo como "prisioneira do futuro". Criar presença e fortalecer a atenção são focos importantes no tratamento.

Regulação pelo Vínculo

A regulação pelo vínculo ocorre, por exemplo, quando a mãe acalma a criança assustada, pegando-a no colo, dirigindo-lhe palavras num tom de voz sereno, ajudando deste modo a diminuir a ansiedade e a agitação da criança. Este processo envolve o estabelecimento de um vínculo com uma comunicação profunda de estados emocionais, com conexão e não apenas contato.

É comum as pessoas que desenvolvem Pânico terem tido experiências vinculares traumáticas, que podem envolver perdas, rompimentos, abandono, etc. Estes traumas prejudicaram a capacidade da pessoa estabelecer e manter conexões emocionais profundas, fator essencial para a regulação emocional pelo vínculo.

Assim a pessoa pode algumas vezes se sentir protegida com a presença de alguém de sua confiança, mas acaba voltando ao estado de vulnerabilidade tão logo esta pessoa se afaste ou ela perca a conexão. Há uma precariedade na conexão vincular que se torna inconstante e frágil.

O Desamparo

Há uma relação significativa entre o Pânico e as crises de ansiedade disparadas pelas situações de separação na infância. Uma boa parte das pessoas que desenvolvem Transtorno do Pânico não conseguiu construir uma referência interna do outro (inicialmente a mãe) que lhe propiciasse segurança e estabilidade emocional. Esta falta de confiança pode trazer, em momentos críticos, vivências profundas de desconexão e desamparo, disparando crises de pânico.

A experiência do Pânico é muito próxima do desespero atávico de uma criança pequena que se sente sozinha, uma experiência limite de sofrimento intenso, de sentir-se exposta ao devir, frágil, desp rotegida, sob o risco do aniquilamento e da morte.

As pessoas com Pânico sofrem com uma falta de conexão básica, falta de conexão e confiança nos vínculos e falta de conexão e confiança no corpo, o que leva a uma vivência de insegurança, com sentimentos de fragilidade, vulnerabilidade e desamparo.

Melhora: Um Horizonte Possível

Para uma pessoa ficar boa do Pânico não basta controlar as crises, é necessário integrar as sensações e sentimentos que estavam disparando as crises e assim superar o estado interno de fragilidade e desamparo.

A melhora advém quando a pessoa torna-se capaz de sentir-se identificada com seu corpo, capaz de influenciar seus estados internos, sentindo-se conectada com os outros à sua volta, podendo lidar com os sentimentos internos, se reconectando com os fatores internos que a precipitaram no Pânico e podendo lidar com eles de um modo mais satisfatório.

Superar a experiência da Transtorno de Pânico pode ser uma grande oportunidade de crescimento pessoal, de uma retomada vital e contemporânea do processo psicológico de vida de cada um.


Bom, assim encerramos essa parte tão extensa u.u Espero que tenham gostado. Logo saberam mais sobre as outras doenças psicologicas o/

toda essa pesquisa foi tirada do sitewww.psicoterapia.psc.br

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