A Procura Viking

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Basilisco

E ai galera, vim aqui postar o sétimo capitulo da nossa historia, confesso que já estou co saudades de vocês, esse é o penúltimo capitulo do mistério do Basilisco e nele Gabriel toma a decisão mais importante de sua vida. Se vc ainda não leu os capítulos anteriores, confira o começo dessa misteriosa historia, espero que gostem. Esse capitulo começa com a seguiste pergunta.

Até onde você iria pelo amor da sua vida?
Só se sabe realmente até onde vai, aqueles que já amaram assim.


Basilisco


‘‘Só se descobre que possui verdadeiros inimigos, quando se consegue poder para destruí-los....’’



Capitulo-7





Sepultura aberta
Eu tinha ido do céu ao inferno com extrema competência, meu mundinho pacato e tranqüilo tinha sido abalado. Agora eu seguia, caçado, ameaçado, amedrontado e completamente apaixonado.
Emily havia me contado que Vito era um figurão contrabandista que lhe havia ajudado vir ao Brasil ilegalmente, ele como todos que se aproximam de Emily se apaixonou por ela, mas o cara se achou dono de sua vida.

Ela disse que o cara é meio psicopata e está falido, por isso sua quadrilha já estava fraca demais para protegê-la de seu arqui-rival Lucho, um grande mafioso que persegue Emily desde que ela matou seu primogênito, mais um tarado por Emily que a tentou estuprar. Em fim, esse é o resumo. Vitor e Lucho entraram em uma guerra por minha namorada, ambos estão falidos e com suas quadrilhas destruídas.
Depois que Emily fugiu de Vitor, eles a caçam como uma rena na floresta.
É, caro leitor. Onde fui amarrar meu burro...

Ela, a garota que me fez sentir vivo depois de muito tempo, a garota que me fez ver a graça de se viver, ela nada mais é que a maior confusão da minha vida. Mas mesmo diante do perigo e da angustia que é esperar pela morte, eu sentia cada vez mais que poderia morrer por aquela garota.

Você pode até rir, pode até zombar da intensidade do que sinto em tão pouco tempo, mas eu te entendo; você não pode ver aqueles olhos azuis que eu vejo toda vez que olho pra ela, você não pode sentir o perfume e o calor, o gosto do beijo e os carinhos, não pode ouvir a voz nem as coisas que ela me diz.
Eu posso...
E amo isso...


Cada quilômetro que passava eu olhava pro chaveiro de olho, sentia-me como se tivesse vendido a alma ao diabo. Já era noite e eu estava cansado de dirigir. E nesse momento o Basilisco falou comigo.


‘‘Hei, Fedelho!!’’

- O que foi? – Ainda bem que Emily tinha adormecido.

‘‘Sinto muito, mas não pode mais usar o chaveiro. ’’

- Como assim? – Indaguei. Agora mais do que nunca eu precisava muito daquele objeto. – Precisa deixá-lo comigo por algum tempo. –

‘‘Você pode ficar com ele, mais terá um preço. ’’
- Mas que Droga, é sempre assim??? – Fiquei pê da vida. – Sempre querendo a alma das pessoas. –

‘‘Eu quero o seu bem mais precioso. ’’

- Não quero perder minha alma! –

‘‘Você não disse que é ateu. ’’

- Não mais! –

‘‘O seu bem mais precioso pelo chaveiro.
É pegar ou largar. ’’

Olhei pra pistola do Vitor em meu colo, e achei que não valeria perder minha alma por um objeto que talvez nem precisasse mais.
- Pode levar seu chaveiro idiota! – O arremessei pela janela ao dizer.

‘‘Lembre-se, se mudar de idéia é só desejá-lo intensamente e ele nunca terá saído do seu bolso. ’’

Naquele exato momento ouvi um estampido, um tiro, e perdi a direção do carro. Rodei, mas por sorte não capotei.
- O que foi? – Emily quis saber.
- Atiraram no pneu do carro. –
O carro do Toni estava atravessado no meio da pista.
Peguei a pistola e apontei para o carro que vinha em minha direção. Os faróis não me deixavam mirar, mas descarreguei o cartucho antes que percebesse.
O carro freou e dois homens saíram lá de dentro. Um deles estava com uma metralhadora, era o mais alto. Com certeza o capanga, já o outro, pra minha surpresa não era Vitor. Era um homem gordo e um pouco velho.
- Saia com as mãos pra cima, vadia! – O velho gritou com rancor.
- Gabriel! – Emily sussurrou. – Fique aqui escondido, eles não sabem que está aqui, devem ter nos localizado pela placa de carro. –
Ela saiu. Meu coração acelerou, se eles fizessem algo com ela, o que eu ia fazer da minha vida. Eles a colocaram no carro e aceleraram para uma estradinha de terra que dava numa trilha para o meio do mato.
- Droga! – Saí do carro e os segui. Fiquei pra traz, mas logo alcancei o carro parado, impedido pelas arvores. Emaranhei-me no matagal orientado pela luz das lanternas. Logo os alcancei. Emily estava um pouco machucada, ela cavava um buraco. Sua própria sepultura (Deduzi).
- Droga! Tenho que fazer alguma coisa. -
Eu estava muito amedrontado, uma metralhadora poderia me liquidar em segundos. Eram dois. Como eu poderia imobilizar dois homens armados. Se a bala da pistola não tivesse acabado....
Peguei uma pedra, uma pedra que com certeza mataria ou derrubaria logo de primeira.
- Tenho que pensar rápido. – Me escondi no mato. Encostei a pedra na minha cabeça preocupada.
- Deus, por favor... – Eu não podia errar.
Usei toda precisão, força e destreza que possuía. Arremessei e acertei em cheio a cabeça do grandão, ele caiu e eu deitei no chão. O coroa atirou em volta, mas não me acertou. Ele agarrou Emily e pôs uma 9 milímetros em sua cabeça.
- Saia daí garotão! – Ele gritou. – Me deixa ver seu rostinho. -
Eu não podia fazer isso, ou ele me mataria antes mesmo deu respirar.
- Se não sair vou matar essa vadia, e vou a traz de você! –

- Droga! Droga! Droga! Droga! - O que eu deveria fazer. Não poderia usar mais pedras. Mas se eu não pensasse rápido, Emily ia acabar morrendo.
É, caro leitor! O que você faria no meu lugar? Talvez fugisse...
Dei as costas para situação, eu tinha perdido. Não dava mais. Lamentei ter que deixar a pessoa que eu mais amava morrer. Eu sei que existem tantos emos depressivos pelo mundo querendo se matar, mas ela gostava tanto da vida...

Sabe de uma coisa, eu cansei e ficar choramingando pelos cantos e resolvi curtir a vida. –
Nesse momento, me veio à mente a cena no vele dos desejos, e como aquele céu estava lindo, lembrei do cheiro de Emily e a té pude escutar aquela canção.
Por fim, lembrei daquela manhã em que acordei sob a visão daqueles lindos olhos azuis. Lembrei do que sentia e de como ela era perfeita pra mim.
Adeus Emily...

Talvez Ela já tivesse perdido as esperanças...
A chuva começou a cair forte.

Se você estivesse naquela floresta, ouviria um grito e logo depois um estampido de tiro...
O grito fui eu dizendo para Emily fechar os olhos. O Tiro foi resultado do veneno que saiu do chaveiro que eu exibi ao velho, depois de saltar do meio do mato como um animal selvagem.
Depois de estourar os próprios miolos, o corpo do velho caiu inerte.
Eu abracei Emily como se fosse a ultima vez, depois segurei em seu rosto para olhar bem pra ela.
- Você está bem, meu amor? -
Você dá sempre um jeito de me salvar... – Ela me disse. – É o meu herói. -
- Emily... – Eu tentava dizer a coisa mais importante que um homem pode dizer a mulher. – Eu amor você... Mais do que a mim mesmo. – E antes que eu tentasse dizer mais alguma coisa ela pôs o dedo nos meus lábios.
- Cala a boca, e me beija logo... –
Foi beijo mais molhado que dei e o mais intenso.
Eu tinha consciência de que cavaria minha sepultura, e com a terra que movi para isso fecharia à sepultura dela. E abraçado a ela eu pensava no que havia feito, mas o calor do corpo de Emily me dizia que eu havia feito a coisa certa.

Caro leito, naquele momento eu selava o meu destino.

Eu já estava morto, só ainda não sabia disso...

Continua....

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