A Procura Viking

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Basilisco



- Em fim o ultimo capitulo -
- Retrospectiva –

Ouvimos no prólogo a historia de Gabriel, um jovem Universitário da cidade grande. Mora com o cachorro, tem autismo, e um único amigo. Ele conta a historia a partir do ponto de sua vida em que está encima de um edifício, pronto a se jogar das alturas. E ele conta como sua vida era normal e monótona, até ele encontrar um chaveiro de olho, tal que rolou do corpo esmagado de um estudante que tinha acabado de se atirar do quinto andar. Ele descobre que esse chaveiro tem misteriosos poderes de retirar o sentido de viver das pessoas, transformando-as em completas suicidas.
Como em toda historia, ele se apaixona por uma garota metida em serias encrencas, ele usa o poder para ajudá-la, mas descobre que se salvasse a vida mais uma vez teria de entregar a alma ao espírito do chaveiro e ele o faz...
Sem pestanejar...
Leia os capítulos anteriores, e entenda melhor o segredo do Basilisco.

Basilisco

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados de Basilisco, veja Basilisco (desambiguação)



 
Imagem de um Basilisco.
Em algumas descrições, o basilisco é uma serpente fantástica. Plínio, o Velho, o descreve como uma serpente com uma coroa dourada e, no macho, uma pluma vermelha ou negra. O basilisco é capaz de matar com um simples olhar. Os únicos jeitos de matá-lo são fazendo-o ver seu próprio reflexo em um espelho...




Basilisco


‘‘Só se descobre que possui verdadeiros inimigos, quando se consegue poder para destruí-los....’’



Capitulo-6



Anjo
 

            Nós estávamos com o carro do mafioso, e a mais de duzentos quilômetros por horas. Logo Chegamos ao meu apartamento, deixei Emily lá e levei o carro para um beco do outro lado da cidade. Atravessei a rua, as mãos no bolso escondiam a arma, eu ainda tinha que arrumar um jeito de me desfazer dela.
            Eu ainda estava tenso, preocupado com Vitor, ele poderia aparecer a qualquer momento. Olhei para o outro lado da calçada e vi um aluno da minha faculdade, ele acenou rapidamente, como quem diz, te vejo na aula.

Aquela pessoa familiar, me fez lembrar em como eu tinha mudado nesses cinco dias. Tudo tinha começado sexta feria passada, hoje é terça feira. Como pude passar por tanta coisa em tão pouco tempo. Eu olhava pra traz e via que tinha vivido esses cinco dias como se fosse uma vida inteira. E que se fosse assim, tudo tinha valido apena.

 
Esse pensamento me fez lembra que eu tinha dado minha alma ao diabo. E agora, quando será que ele vem buscar? Será que posso fazer alguma coisa a respeito. Acho que não...
            Agarrei o chaveiro de olho, e pensei em muitas coisas. E foi então que eu resolvi acabar com todo esse suspense.
            - Hei, chaveiro? – Eu tentava me comunica, mas algo parecia não funcionar. Fiquei preocupado. Quando pensei em desistir, ouvi a voz do Basilisco.

- E ai Pirralho, já se arrependeu da escolha que fez? –
            - Quero saber o que vai fazer comigo? –
            - Com você? –
            - É! –
            - Com você nada. –
            - Como assim? Você não disse que queria minha alma? –
            - Não, foi você que disse isso. –
            - Hã? –
            - Eu disse que pegaria seu bem mais precioso. – 


            Eu gelei naquele memento, meu coração disparou e minha garganta secou. Tudo começou a rodar.
            - É isso mesmo, caro Pirralho. Você não dá muito valor a sua alma. Acho que isso tem haver com o seu ateísmo. Vou levar sua garota. –
            - Eu não sou ateu!!!! – Gritei.
            - Mas era até pouco tempo atrás. –
            - Meu Deus, me ajude! – Implorei em meio ao pranto. Arregalei os olhos insanamente. – Eu entreguei Emily a você. –
           
‘‘Hhahahahhahhhhahhhahahahahahaahaha!!!!!!’’
 
Arremessei pra longe o chaveiro e corri o mais rápido que pude.  Corri como se fosse o ultimo estante da minha vida, eu morreria se algo acontecesse a Emily.
            - Não pode ser, Não pode ser, Não... – Eu estava chorando. - Deus, Deus, Deus!!! Ajude-me. –
            Meu espírito estava quebrado. Meu desespero devorava o que restava da minha sanidade, adentrei uma livraria com extrema rapidez e agressividade. Peguei a maior bíblia que consegui. Eu não tinha fé, eu nunca tive fé. Mas agora eu precisava de refugio. Eu precisava de uma direção, e se Deus fosse feito de amor e compaixão como eu tanto tinha ouvido dos Evangélicos dizerem, Deus me ouviria e talvez me ajudasse...

 
Caro leitor, Você não é obrigado a acreditar, mas a certeza da morte te faz pensar em Deus como você nunca antes pensou.
            - Vou levar! – Paguei a atendente e sentei na beira da calçada. Rasguei o plástico e abri.  Fechei os olhos e dividi a bíblia. - Fala comigo! – implorei a Deus
              
‘‘ Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças. MT 8.17b’’

           
- Tomou sobre si? – È eu já tinha ouvido falar. Que Jesus assumiu nossa divida se entregando em nosso lugar.  – Certo! Emily não vai morrer. –
            Peguei o celular e liguei para o telefone do meu apartamento.
            - Alo! –
            - Alo! –
            - Emily... –
            - O que foi, meu amor? –
            - Preste à atenção, eu vou te explicar por que as pessoas não conseguem me matar. Preste a atenção, eu não to brincando. –
            - Pode falar. –
            Caro leitor, eu contei toda historia, ela caiu em pranto quando ouviu a parte que eu tinha que dar minha vida por ela. Eu disse a ela o endereço de onde estava; em frente o prédio mais alto da cidade.

Caro leitor eu, esperei por que queria me despedir, mas dois minutos depois eu me arrependi. Temi por Emily, nunca se sabe o que poderia acontecer com ela no caminho pra cá.  Fui até o ultimo andar do hotel, burlei a segurança e subi na escada da manutenção.
            Era amplo lá em cima, caminha até a beirada olhei rapidamente, meu coração disparou.
            - Droga! –

‘‘Pirralho! Eu aceito o seu sacrifício. ’’
‘‘Fazer algum mal a sua namoradinha não me garante nada, mas seu suicídio voluntario te leva direto para o inferno.’’

            - É eu sei! - 
Epilogo


           
           
         De cima do prédio mais alto que encontrei, estou consideravelmente tentado a pular. Eu olho o asfalto desbotado com certa sensação de paz, visto aqui de cima não passa de uma listra negra por onde caminham os pequenos besouros de aço. O dia está sarcasticamente lindo, as nuvens no céu claro por vezes bloqueavam a luz solar. Ventava muito, e isso só me dava à sensação de liberdade
 
Cair...

Seria ótimo...

Acabar com tudo isso de uma vez... Acabar com esse inferno...

A blusa social estava aberta e se esvoaçava como a capa de um herói.

Herói...

(Risos)

Ouvi a risadaria diabólica estrondar na minha cabeça, e mudei o semblante para o mais agressivo que consegui.

- Você perdeu, idiota!!!!!!!!!!! – Gritei com toda a força da garganta, confesso que com certa loucura. 
Afinal de contas Emily era mais importante que minha vida, pelo menos pra mim.
Deixei minha caneta cair e vi qual seria meu fim caso mergulhasse naquele abismo. Subi no beiral e me equilibrei. A sensação é diferente de tudo que senti. Morrer é tão absoluto quanto amar, eu estava certo de que seria o fim...
Foi quando Emily apareceu. Ao me ver naquela situação, começou a chorar.
 
- Gabriel, não faça isso! –
- Você não entende Emily! –
- Fica comigo, por favor! Ficar com você é tudo que eu quero. – Ela falou.
- Você precisa viver. –
- Se entregar não vai me salvar, por que sem você eu não vivo. –
Percebi que se continuasse a conversar com ela, ia acabar me convencendo de que não deveria morrer. Olhei o prédio a minha frente, um ainda maior do que o prédio onde eu estava. A superfície espelhada permitiu que eu me visse claramente.
- Foi bom enquanto durou! –
- Que comovente. – Uma terceira voz invadiu o lugar.
Era Vitor.

- Nem pensar em pular garotão! Eu quero esse chaveiro! –
Desci do degrau e tive uma idéia realmente brilhante, como posso dizer. Talvez Deus houvesse iluminado minha mente.
- Eu te dou, mas deixa-a em paz. –
- Nem pensar, se usar isso em mim eu estouro os miolos dela. –
- Tudo bem. – Entreguei o chaveiro, ele o segurou como uma criança levada com o brinquedo novo.

 
- Com isso vou levantar minha quadrilha!  - Ele apontou pra mim e disse.
- Bang, Bang! – Vendo que não funcionou resolveu perguntar. – Como funciona? –
 - Vou te mostrar. – Disse a ele. – Segure forte, feche os olhos. – Ele obedeceu. – Pense em morte.... Agora abra os olhos e mate. –
Caro leitor, ele abriu os olhos, mas eu não estava lá. Ele viu seu reflexo no espelho do prédio a nossa frente. Ouvi o trincado quando o chaveiro trincou, antes de se partir em mil pedaços.

Envenenado pelo chaveiro Vitor se atirou de cima do prédio. Eu e Emily descemos o mais rápido que conseguimos. Eu nem acreditava, havia tirado um pesso enorme dos ombros.
- Emily, agora eu entendi o que dizia a passagem na bíblia. –
- Hum. –
- Não era pra eu me sacrificar.  – Falei. – Há, muito tempo atrás houve um homem chamado Jesus, que já pagou um preço para quitar qualquer divida que possamos ter com o diabo. - 
- Gabriel, você é Cristão? –
- Agora sou, eu era ateu até ontem. Tudo isso me mostrou o caminho a seguir. –
- Aceita companhia nesse caminho? – Ela perguntou com seu costumeiro sorriso sapeca.

- Seria um honra inenarrável. –
- Hum, que palavra difícil. –
- Só não é mais difícil que tirar meus olhos de você. –
- Eu cai de pára-quedas na sua vida como um floco de neve e você me conquistou desde o primeiro instante.
- Não foi como um floco de neve, você chegou em minha vida como um anjo de Deus, e graças a tudo isso, agora eu sei por onde devo conduzir minha vida. Ou melhor, quem eu devo deixar conduzi-la. -
Ela me abraçou meu braço enquanto andávamos.

- Vamos pra casa, o Rufos deve está com saudades. -
- Acho que o livro já chegou ao fim, que tal agente dar um beijão pra encerrar com chave-de-ouro. –
- Hummm... Preciso pensar... – Ela fez um charminho, com um sorriso pequeno.

 
- Eu sei que você adora finais com beijo. E afinal de conta, sou o seu Herói. –
- Tá bom, ta bom. Você venceu. –
É caro leitor, eu poderia ficar aqui dizendo quantos filhos nós tivemos, como foi o casamento, mas acho que posso definir tudo com o tradicional.

 
Fim




Agradecimentos.

Quero agradecer a Deus pelo dom da escrita.
Aos meus pais que pagam minhas contas.
 A toda taberna do Viking pelo espaço concedido.
E por fim, quero agradecer a você caro leitor, que acompanhou essa historia desde o começo. Sem você Gabriel e Emily nunca sairiam da minha imaginação...

Obrigado...







12 comentários:

  1. Eu sei que esse não é o post certo, mas a sua gadget do twitter la em cima não esta funcionando, Fica a dica :D

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  2. Hoje ás 16 horas estarei publicando um post com todos blogs interessantes q visitei esta semana o seu está na lista, confira no meu blog:

    http://descansandoamente.blogspot.com/

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  3. curti o blog,ta de parabéns :D
    ---
    http://worldimaginable.blogspot.com/

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  4. Já segui o teu blog, segue o meu ai -> http://dominiomaggot.blogspot.com

    Os melhores blogs eu vo colocar no meu como parceiros, então visita lá de vez em quando pq o seu pode estar lá.

    PARABÉNS PELO BLOG TÁ SHOW DE BOLA!

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  5. Muito bom! Quanta agitação para cinco dias! hehehe

    Abraços!

    http://neowellblog.wordpress.com/

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  6. gostei das reviravoltas rsr belo texto
    http://www.medicinepractises.blogspot.com/

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  7. Olha, garoto, li tudinho (ao menos este post, que já deu pra entender boa parte da história) e adorei. Fiquei encantada com a sua criatividade, você realmente tem muito talento. Tenho que te atentar para algo, mas é uma dica boa, acredite. É muito comum, quando estamos inspirados, escrevermos rapidamente, sem percebermos os nossos erros gramaticais... comigo acontece direto. O que eu faço? Vou em algum lugar onde corrige a escrita... É algo importante, principalmente se você quer ser escritor - e tem todo jeito pra isso. Mas sua criatividade supera qualquer coisa, e deixa qualquer erro minúsculo. Muito bom mesmo! Realmente, vi pessoas que não acreditavam em Deus e, quando ficaram mais velhos e, portanto, achavam que estavam mais próximos da morte, passaram a acreditar Nele. Achei legal também o fato de você colocar imagens para retratar um pouco dos sentimentos dos personagens... Apesar de que uma das fotos me deu medo. HAHAHA Esse negócio de vender a alma ao diabo me lembrou o filme "Endiabrado", com a lindíssima e super talentosa Elizabeth Hurley. Não sei se você já assistiu... Bem, fica essa dica de filme também. Bom, já falei demais! Adorei demais mesmo! Parabéns!!

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  8. Adorei o seu blog... parabéns por escrever maravilhosamente bem...
    :)

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