A Procura Viking

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Meu nome é Bia..

Bia é nascida e criada no Rio de Janeiro. Alta, cabelo preto e olhos castanhos. A menina jogava basquete pelo time de sua escola, ccom 16 anos, quando foi convidada por uma equipe grande para jogar profissionalmente.
Bia se tornou jogadora, ela ainda se encontrava com amigas, com menos frequência. Como qualquer atleta, não podia beber, sair, usar drogas, com hora para chegar ao CT.

Em seu aniversário de 19 anos, Bia saiu com suas amigas. Todas elas já dirigiam, mas a menina ficou com a responsabilidade. As meninas beberam até passar mal, insistiram que Bia bebesse e ela, muito satisfeita consigo, levou-as embora.
Todas elas estavam no carro. Por vezes Bia tentou fazer cada uma das meninas colocarem o cinto de segurança e se assentarem. A menina ocupante do banco da frente era a mais eufórica, não se aquietava mesmo aos pedidos suplicantes da amiga.
Elas já estavam quase chegando à casa de Bia, onde decidiram ficar, quando um carro passou com o farol muito alto. No susto, a atleta jogou o veículo no acostamento. As garotas de trás se assustaram e a da frente, sem o cinto de segurança, ao ser jogada, bateu com seu cotovelo na cabeça de Bia.
A batida fez Bia desmaiar e o carro capotar. Uma das quatro amigas morreu, as outras três tiveram ferimentos leves e Bia estava em coma.
Ao acordar, Bia tentou se levantar e não podia mexer suas pernas. A menina perguntou ao médico se aquilo era por ficar um dia descordada. O médico a explicou com muita calma que ela havia ficado duas semanas em coma e, durante a batida, sofreu um AVC, o qual possivelmente a deixaria paraplégica.
Sua vida estava acabada, sua carreira. Bia dependeria para sempre de sua mãe.
Ainda no hospital, Bia soube da amiga morta. Ela se lembrava de tudo, até desmaiar. Ela, Bia, atleta, estava paraplégica por uma idiotice de sua amiga e esta não sofreu nada. Bia não sentiu raiva da amiga, ela não conseguia odiar ninguém.
A menina voltou para casa algum tempo depois. Chegou a pedir sua mãe para lhe tirar a vida, nem se matar conseguia sozinha.
O tempo passou e Bia foi se conformando com sua nova vida. Já conseguia se mover sozinha, voltou a frequentar lugares onde sempre esteve.
Hoje, aquela menina que pensou em se matar joga na mesma equipe e foi convidada para jogar a Copa de Basquete Para Cadeirantes pela seleção brasileira.
Bia aprendeu que limitações são psicológicas e só se vence com força de vontade. Limitações físicas existem, mas não a impede de ter uma vida normal!



Um beijo,

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