A Procura Viking

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A Bruxinha e a Cisne

CONTO DA SEMANA


Ela caminhava aflita, passos largos e rápidos.
--Quanta confiança! – Retrucava uma pequenina bruxinha.
Sobrevoava ela sentada em sua vassoura mágica, Seus grandes olhos negros pairavam sob a destemida viajante que seguia seu caminho pelo escaldante calor do deserto. Mesmo lá do alto conseguia ouvir das batidas rápidas e desordenadas do coração da pobre viajante...
--Por que segues essa jovem, Sra. Bruxa?—Perguntou uma graciosa Cisne.
A bruxinha nada respondeu, observava atentamente a jovem.
“Olhos negros tão confiantes” pensava a bruxinha intrigada.
--Com certeza valeria apena!—sussurrou a bruxinha.
A grande Cisne sem entender resmungou: --Ser uma mortal?—balançou a cabeça e começou a falar com desdém e arrogância.
-- Olhe pra mim, sou graciosa e grande, entendo todas as línguas e ainda posso voar por todo reino encantado. A Senhora tem uma juventude eterna, poderes sob humanos, ainda tem essa vassoura mágica e sabe todo tipo de magia. Como pode dizer que valeria apena ser uma simples mortal? Alguém que morre, não faz nada de excepcional e ainda pouco entende sobre mistérios da natureza.
A bruxinha nada respondeu.


A Jovem depois de tanto caminhar chegou ao seu destino. Era uma floresta bem próxima a um riacho, ela tirou sua mochila e recostou numa grande arvore e retirou da sua mochila um relógio de bolso....
Sem que ela percebesse a bruxinha e a Cisne desceram, e ficaram sob uma grandiosa rocha, onde poderiam vê-la bem mais de perto.
A cada 10 minutos a Jovem olhava seu relógio ansiosa,a noite enfim chegara, e a lua despontou no horizonte.
-- Ela desistiu de tudo.—Sussurrou a bruxa ainda com os olhos fixo na Viajante.—Foi expulsa de casa pelo pai, perdeu seu trabalho que prosperava, jogou seus sonhos no lixo....
Assusta e indignada a grande Cisne esbravejou – MAS POR QUE? Uma mulher nada pode fazer sem o apoio de um homem, nos tempos de hoje onde a sociedade machista predomina. Tola, morreras!
--Ela espera por um homem... Um homem que lhe prometeu o mundo inteiro, o mesmo prometeu-lhe nunca abandoná-la.—Disse amargamente com os olhos focados na Jovem a bruxinha. A Cisne sorriu aliviada, mas antes que abrisse o bico para falar foi interrompida pela bruxa que sussurrou três palavras que silenciaram-na:
-- Ele não vira....
Silêncio..........
Os olhos confiante e cheios de amor agora oscilavam ente a desconfiança e lagrimas.
--Ele foi abordado por três elfos a caminho para cá.Tentou fugir e foi acertado por uma flecha,e agora esta morto.
A graciosa  Cisne sentiu transbordar de seus olhos lagrimas azuis que escorreu pela rocha e desceu ate tocar os ombros de uma terceira personagem que antes se fazia oculta.

-- O destino dela é esperar e esperar. Então seu coração será tomado pela tristeza absoluta, sem ter para onde voltar e nem para onde ir lançara seu corpo contra as rochas do riacho e morrera. –Disse ela asperamente encostada na grande rocha com seu capuz tapando-lhe o rosto e seu cajado na sua mão.
Assustada a Cisne voou para uma rocha um pouco mais alta, deixando pra trás a bruxinha que continuava com os olhos focado na Viajante.
Retirando seu capuz balançava seu comprido e avermelhado cabelo, a jovem Dona Morte sorria olhando para a pequena bruxinha maliciosamente.

-- Sabe que perdera a imortalidade se tentar mudar o destino daquela mortal, né?
A bruxinha nada disse, desceu da grande rocha e seguiu em direção a Viajante, a Morte colocou seu capuz e desapareceu pela floresta gargalhando insanamente.
Vendo que a Morte havia partido a Cisne se pôs no caminho da bruxinha tentando impeli-la de perder sua imortalidade, porem, bastou a bruxinha dizer algumas palavras mágicas e a Cisne foi lançada fora de seu caminho.
A Viajante encheu seu coração de tristeza e em lagrimas se desesperou.
-- O que será de mim?—Sussurrava para si. Enquanto isso a bruxinha se aproximou com toda aquela vestimenta roxa e o enorme chapéu cheio de estrelas causando espanto na Viajante. Mas as bruxa fez questão de mostrar que vinha em paz levantando as mãos mostrando que não carregava sua varinha ( como se precisasse dela para usar magia), a Viajante se sentiu mais confortável.
-- Olá Srta.—Sorriu a Bruxinha.
-- O que quer de mim, Sra. Bruxa? –Perguntou secamente. A Bruxinha sorriu, e tirando de dentro de seu vestido uma ampulheta e colocou no chão.
-- Essa ampulheta tem o poder de apagar de sua mente aquilo que lhe causa mais dor, você vai esquecer da existência dele, e todas as pessoas do seu reino, você poderá voltar para os braços de seu pai, alcançara seus sonhos, se casara e será muito feliz.—Ao terminar de dizer isso, sorriu e sentiu-se aliviada por ajudar a Viajante.
A Viajante abaixou e pegou a ampulheta,levantou e se aproximou da bruxa com lagrimas nos olhos, mordia os lábios que tremiam assim como todo seu corpo, aos poucos as lagrimas começaram a descer passeando por sua face cansada, e seus dentes soltaram vagarosamente seus lábios e um sorriso foi tomando forma.


-- Não abro mão do tempo que passamos juntos...—forçou um breve sorriso e chorou.—Valeu apena.—Dizendo isso entregou a ampulheta a Bruxinha que ficou estupefata e se encheu de fúria, Quebrou a ampulheta com  as mãos e pela primeira vez descobriu o que era a dor, pedaços do vidro cortaram lhe a mão, fazendo escorrer sangue por todo sua pele negra. A Viajante foi ate a sua mochila, pegou um rolo de faixa e enrolou na pequena mão da Bruxinha que agora havia perdido seus poderes. A Viajante abriu um sorriso uma vez mais e se virou para partir.
-- Hey!
A Viajante se virou, a Bruxinha timidamente se aproximou retirando de seu pescoço um colar já conhecido pela Viajante.
-- Ele me pediu para dizer que você foi a coisa mais importante que aconteceu na vida dele e que te ama muito.—A Bruxinha entregou o colar, a Viajante apertou o colar com força e chorou ao receber um forte abraço da Bruxinha.
-- Obrigado......
A Bruxinha  mostrou no mapa onde havia encontrado o seu amado, a Viajante seguiu ate o local na intenção de enterrá-lo, depois disso a Bruxinha nunca mais a viu....
A Bruxinha agora já não tinha mais poderes, o que faria?Para onde iria?
Ela sorriu e partiu despretensiosamente a caminho da cidade.........
.........................................................................................................................................................       Anos depois.
Ela caminhava aflita, passos largos e rápidos, sua pele escura brilhava ao sol.
--Quanta confiança! – Retrucava a Graciosa Cisne.


Sobrevoava ela com seus pequenos olhos focados sob a destemida mulher negra  que seguia seu caminho rumo ao seu destino. Mesmo lá do alto conseguia ouvir das batidas rápidas e desordenadas do coração da mulher...
--Por que segues essa mulher, Sra. Cisne?—Perguntou um Jovem Mago sentando na sua vassoura.
A Cisne nada respondeu, observava atentamente a Mulher.
“Olhos negros tão confiantes” pensava a Cisne intrigada.
--Com certeza valeria apena!—sussurrou a Cisne.

Esse conto de minha autoria é dedicada a minha amiga distante, mas sempre presente Thaiane Alves de Oliveira, fofuxa do Tio kkkkkkkk

2 comentários:

  1. Muito legal seu blog de cultura viking. E tens uma bela escrita! Fiquei não apenas no conto da Bruxinha, mas dei uma olhadinha no blogue em geral.

    Adicionei aos favoritos.

    Parabéns!

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  2. Vlw mano >< nem tava esperando comentario kkkkk o povo passa olha e vaza ç.ç finalmente alguem que gosta de deixar comentario o/ pode comentar o/ comente tudo hahahah parei o/ brigadão ae

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